Remover o espaço

O trabalho dos relacionamentos é remover o espaço entre as pessoas. Uma das maneiras de fazê-lo é nos colocarmos um diante do outro e nos confrontarmos tanto no que diz respeito às coisas pequenas como às grandes. Ao dizer o que realmente pensamos, garantimos que o ego seja removido de nossos relacionamentos.

Expresse suas opiniões abertamente, sem ser desagradável. Faça-o da maneira mais gentil possível. Faça-o de uma forma amorosa, se importando com seu interlocutor, mas certifique-se de que está realmente transmitindo suas opiniões. Se você não chamar a atenção dos outros devido a algo que tenham feito, o universo o fará. E quando o Universo o faz, dói muito mais.

A fé como um sobretudo

"Algumas pessoas usam a fé como um sobretudo. Só aquecê-los, mas não beneficia a todos os outros". - Dizer cabalístico.

Hoje em dia, meditar para alguém em necessidade. Fazer uma ação de partilha que trarão a alegria a alguém que está deprimido. Acenda um fogo com suas palavras e atos que vão aquecer outro ser humano.

Somos Todos Realmente Um

Somos todos um. Nos dias de hoje, essa afirmação não é nenhuma grande revelação. Até mesmo alguns comerciais de sapatos já estão recorrendo a ela. Contudo, a maioria de nós não vive como se fôssemos todos um.

Uma maneira de colocar em prática essa afirmação é ser vulnerável, expondo nossas verdades, como lhes disse no e-mail de ontem.  E, assim, recebemos uma alegria e uma satisfação que vão mais além, que não se restringem apenas a nós mesmos, pois, ao expressar nossos sentimentos mais profundos, criamos uma abertura para que os demais entrem em contato com os deles também.

 

Há muitas uvas no mesmo vinho. Todos nós temos dores, passados, questões pessoais. Quanto mais expusermos nossas mazelas, mais união haverá com os que estão ao nosso redor, e consequentemente, com todo o mundo.

 

Hoje, continue a ser autêntico. Arrisque-se e diga às pessoas o que você realmente está sentindo. Sem atacar ou descarregar. Apenas se atenha ao que for surgindo para você.

A inveja da bruxa

Dizem quer isso ainda acontece, mas vou contar apenas o que Seu Gelci, da Enseada de Brito, em Palhoça, tem na lembrança. Na época do ano em que mudam as estações, as bruxas de Florianópolis costumavam se reunir ma praia do Bairro Itaguaçu, no Continente, pra prestar satisfações ao chefe: o Coisa-Ruim. Belas damas da sociedade iam chegando e revelando suas identidades bruxólicas na medida em que pisavam na areia da praia. O encontro começava com cada uma beijando o rabo do pé-cascudo. Em seguida, passavam o relatório das maldades feitas e diziam as que planejavam fazer (enrolar a rede de pescador, dar nó na roupa do varal e até roubar crianças). E o Diabo ali, no centro das atenções, respeitado por elas e ouvindo tudo. Depois da reunião, quando o capeta ia embora, as bruxas ficavam contando os causos de suas vidas como mulheres normais. Uma delas, sócia de um clube da alta sociedade (que existe até hoje), começou a se gabar do baile que tinha ido. “Eram muitos vestidos lindos, luvas, penteados, homens bem-arrumados, orquestra...”. As outras bruxas arregalavam os olhos de tanta vontade e não resistiram a tanta tentação. Começaram a planejar uma festa igual. Uma até que lembrou: “Ei... tem que pedir permissão pro Diabo”. A outra retrucou: “Não, não... ele fede enxofre. Vai estragar a festa”. Pois bem, tomaram a decisão errada: fazer a festa sem avisar o chefe. Numa madrugada de quinta para sexta-feira, ali em Itaguaçu, se reuniram na praia, lugar bonito pra combinar com a vaidade delas, e começaram a festança. Bem do jeito que era no tal clube: com luvas, vestidos, musica.  Mas uma bruxa estragaria tudo. Essa tinha guardado uma inveja sem tamanho da colega que vivia na alta sociedade e resolveu avisar o Diabo. Chamou, chamou até que ele apareceu. Aí, ela cutucou; “olha, elas estão fazendo a maior festa me Itaguaçu e nem te avisaram”.  Num pialo, o cheiro de enxofre se espalhou pela praia. O Rabudo apareceu e ralhou: “Tão fazendo festa escondida de mim? Vão se arrepender pra sempre”. Balançou o tridente e transformou a bruxarada em pedra. O resultado da maldição ta ali em Itaguaçu até hoje. As pedras que enfeitam a praia são as bruxas que fizeram a festa. Aquela que entregou tudo pro Diabo também foi castigada, pra deixar de ser fofoqueira.

Baseada na história contada por Gelci José Coelho,

Morador da Enseada de Brito, em Palhoça.

Alegria na Autenticidade

Existe uma satisfação, uma alegria, de se viver com autenticidade. Sem

fingimentos. Sem defesas. Sem ofensas. É preciso muita força para mostrar nossas fraquezas ao mundo.

 Quando exibimos nosso desejo de controle ou nossa raiva ao outros, o que estamos realmente lhes mostrando? O quanto somos fracos. Descontamos nossos sentimentos negativos em todos à nossa volta porque temos medo de sermos autênticos.

Agarre-se ao espírito

Quem somos nós? Não somos o que vestimos; não somos nossas roupas. Somos o que se encontra oculto por baixo delas.

Não somos nosso coração, porque é possível receber um transplante desse órgão e ainda ser a mesma pessoa. Não somos nossos braços e pernas, nem nosso cérebro, pois até mesmo uma vítima de derrame cerebral pode conseguir reabilitar seu corpo e sua mente.

Nossa essência existe em um nível mais alto, o nível da alma. Isso é o que somos.

 

Hoje, agarre-se ao seu espírito. Todo o resto é efêmero

Névoa

Uma bela foto no Vietnã.

A galinha e a bruxa

 Bem antes de 1900, as bruxas já dividiam terreno com os homens e queriam mostrar que a Ilha de Santa Catarina também era área delas. Uma dessas bruxas acabou tendo a identidade descoberta e a coisa não acabou bem. Três amigos que vendiam peixes no Sul da Ilha caminhavam entre o Pântano do Sul e a Costa de Dentro quando, numa picada, surgiu uma galinha. Era cerca de seis horas da tarde, o que as benzedeiras costumam chamar de “hora morta” e a penosa saracoteava pra lá e pra cá e não deixava os homens avançar, ela não deixava, bicava nas pernas. A incomodação foi tanta que um deles buscou um pedaço de pau pra bater na ave. Deu-lhes vários golpes, mas a galinha resistia sabe-se lá como. Mas uma paulada certeira quebrou uma das asas e espantou o bicho, que correu pro mato. Quando voltaram pro Pântano do Sul, os três amigos correram pro bar contar o que sucedeu pra todo mundo. A discussão tomou conta do lugar. Todos tinham uma certeza: era uma bruxa em forma de galinha. E desconfiavam que a tal bruxa era uma moradora da região, cujos os hábitos já despertavam suspeita havia algum tempo. Pensaram duas, mas não três., e foram até a casa da mulher. Lá estava ela, com o braço quebrado, aplicando uma porção feita com ervas. Pra evitar que a bruxa fizesse mal maior, deram uma surra daquelas na mulher e lavaram o corpo dela com água de sal. Ferida, continuou morando no mesmo lugar, mas trancou-se em casa pro resto da vida. Dizem que por um bom tempo não se viu bruxa, nem bicho possuído lá pras bandas do Sul da Ilha.

Baseado na história contada por Arante Monteiro Filho,

Morador do Pântano do Sul.

Baixe a guarda

Ficamos obcecados fazendo tudo para que os outros não nos julguem, mas nossos esforços de nada adiantam. De qualquer maneira, as pessoas terão suas próprias opiniões e temos que permitir que isso aconteça mesmo. 

 

Hoje, baixe a guarda; deixe que os julgamentos fluam. Duas coisas podem estar acontecendo: ou há alguma verdade no que você está ouvindo, ou as pessoas estão falando sobre si mesmas.

  

E geralmente trata-se de ambas.

A vida é uma sauna

Freqüentemente utilizo a analogia de uma sauna ao discutir maneiras de se lidar com a pressão causada por circunstâncias difíceis.

 

Quando nos sentamos em uma sauna, ou quarto de vapor, à medida que sentimos prazer com o calor e começamos a suar, uma fantástica sensação de relaxamento, de liberação das tensões, vai nos envolvendo. E, talvez, a presença de mentol e eucalipto no ar, com seu cheirinho gostoso, torne tudo ainda mais agradável.  Mas, aí, um novo jato de vapor é acionado, ou água é borrifada sobre o carvão quente, e a sauna fica realmente muito, muito, quente mesmo. Mal dá para agüentar. E, embora estejamos experimentando algo muito saudável, começamos a nos sentir desconfortáveis.

   

Até que chega o momento em que - não agüentando mais o calor intenso - decidimos disparar em direção à porta de saída, porque estamos, simplesmente, desconfortáveis demais! 

  

Hoje, agüente o desconforto associado com a quebra do ego, com a tendência a ficar na defensiva, com se sentir ofendido. É como se você, de certa forma, decidisse ficar mais um minuto, ou dois, na sauna, para desenvolver em si mesmo uma capacidade de permanecer mais tempo dentro dela.

Oportunidade existe em todo lugar

Há uma história a respeito de dois vendedores de sapatos. Ambos viajam para um país do terceiro mundo. O primeiro, mal acaba de desembarcar do avião, já telefona para sua mulher dizendo: “Querida, estou voltando para casa. Aqui não tem jeito. Ninguém usa sapatos, não há ninguém para quem eu possa vendê-los” E pega o primeiro vôo de volta para casa.

  

O segundo vendedor também telefona para a mulher e diz: “Querida, você não vai acreditar no que encontrei por aqui. Há tantas oportunidades! Ninguém usa sapatos! Posso vendê-los no país inteiro”.E acaba conseguindo vender milhares e milhares de sapatos.

  

Hoje, dirija novamente seu olhar para onde você pensava que não havia uma boa oportunidade.

O Básico dos Básicos

Qualquer ação negativa, qualquer tipo de idolatria – seja ser viciado em drogas, seja ser escravo do dinheiro, da fortuna, da fama, do desespero, de um grande ego, da falta de sensibilidade com os sentimentos dos outros, da ausência de ação positiva, etc. – tudo isso é resultado de nossa obsessão por nós mesmos.

 

Não conseguimos enxergar mais ninguém quando estamos obcecados por nós mesmos.

 

Hoje, para variar, fique obcecado por outra pessoa e não por você. Será um verdadeiro remédio para curar seus problemas. Cumprimente alguém e faça com que essa pessoa se sinta bem.  Essa ação, embora tão simples, demonstra que você está pensando nas emoções, necessidades, carências, dores, de outra pessoa.  É o básico dos básicos.

Esperança para os Desesperançados‏

Que diabo é o Paraíso? Será que existe um teto para os sem-teto? Há esperança para os desesperançados?

  

Pois é. Não dava para dizer de forma melhor. É a letra de uma música de Brett Dennen, uma jovem nova cantora, que sabe expressar alma e emoção. E vai direto ao âmago da espiritualidade. Rezar para Deus é fácil. Mas, cuidarmos uns dos outros é o verdadeiro teste. Aprender a nos relacionarmos melhor uns com os outros, a nos preocuparmos com os demais, a garantir que TODOS tenham suas necessidades suficientemente atendidas. Isto é o que Deus quer de nós

Amigos e Deus

Quem são seus amigos?

 

Não conhecidos. Não pessoas que preenchem seus horários solitários. Não as pessoas parecidas com suas neuroses. Amigos, aqueles que são realmente importantes, aqueles que você investe. Aquele relacionamento onde não importa o quê, não importa quão negra você veja a outra pessoa, você ainda continua vendo a Luz além da escuridão.

 

Valorize essas amizades. Dê seu coração a eles. Porque este é o veículo para aumentar a sua conexão com o Criador. 

Hoje, questione os seus relacionamentos. Quem na sua vida estará lá por você, não importa o quê? Eles estarão lá para você? 

Eu conheço Deus

Certa vez, um aluno foi falar com seu mestre e lhe perguntou: "Qual é a diferença entre você e eu? O mestre respondeu: ”Você acredita em Deus, eu conheço Deus“.

  

Nos dias de hoje há muita gente pregando "acredite em Deus". Mas, será que conhecemos Deus? Será que O sentimos em nossos ossos? O sentimos a cada passo que damos? O sentimos diante das pressões avassaladoras da vida?

  

Hoje, tenha certeza quanto à Luz do Criador, certeza quanto ao processo, certeza de que, por pior que as coisas estejam em sua vida, você tem o poder de superá-las. Porque você reconhece que Deus está aqui, dentro de você, dentro de todos nós.

Acenda a Luz

Uma lei espiritual do universo: quando alcançamos uma mudança básica em nossa própria natureza, o universo tem que responder, refletindo a energia milagrosa de volta para nós. Podemos, então, usar essa energia para alterar o destino e desviar julgamentos.

 

Nesta semana, estamos nos aproximando de Rosh Hashaná, o ano novo, e, hoje, é o momento de olhar profundamente para dentro de nós, para todos os cantos e recantos de nosso ser, e acionar o interruptor que acende a luz. Peça implore, a Deus para que lhe mostre onde está esse interruptor.

Do ódio para o amor‏

Viemos para este mundo para estarmos mais próximos do Criador. É por este motivo que precisamos trabalhar tão duramente para nos transformarmos. Não faz parte de nossa natureza estarmos felizes e cheios de energia o tempo todo.

 

Hoje, você pode se aproximar do Criador abrindo seu coração. Comece com alguém que você odeia.

 

Ódio é uma palavra forte, mas existe em todos nós. Apenas diminua a dor, e se abra para aquela pessoa que lhe dá a oportunidade de transformar ódio em amor.

Veja e Sinta Mais‏

Se estivermos trancados em um quarto escuro e quisermos enxergar, do que precisamos? De uma luz, naturalmente. Converter nossos julgamentos em compaixão nos traz luz.

  

Use essa ferramenta hoje. Sempre que injetar compaixão em uma situação, estará elevando sua consciência, aumentando sua percepção, e permitindo que você veja e sinta mais.

Temor a Deus‏

Alguns evangelistas adoram pregar o temor a Deus. O termo dá a entender que, porque Deus é tão poderoso e algumas vezes nos julga, precisamos ter medo de Sua ira.

 

A Kabbalah vê a questão de outra maneira. Nos originais do Velho Testamento a expressão utilizada para temor a Deus é derivada do verbo “ver”.

  

Ver o quê? O principio de causa e efeito que rege nossas vidas. Deus não pune. Somos nós que nos punimos quando nos expressamos com palavras e comportamentos negativos.

 

Hoje, faça uma pausa antes de reagir. Pense nas conseqüências de quaisquer palavras pouco amáveis que estão quase saindo de seus lábios. Isto o inspirará a ser amável, tanto com amigos como com inimigos.

Mulher

Li certa vez um texto que dizia mais ou menos assim: tudo que você dá a uma mulher, ela melhora. Você dá sêmen e ela faz um bebê. Você dá uma casa a ela e ela lhe dá um lar. Você dá a ela um sorriso, ela lhe dá seu coração. Ela multiplica e aumenta tudo que recebe. Então, da mesma forma, se você dá porcaria a ela, pode receber uma tonelada de lixo. A mulher é mais que o espelho, ela é o alto-falante do homem.

Tempo

Nada do que se faz passa despercebido. Leis de causa e efeito estão constantemente em ação. Tudo que se faz terá consequências. O fato de existir um tempo entre a causa e o efeito gera incertezas na mente. Ficamos em dúvida, sem saber se o sistema de causa e efeito funciona de fato. Por causa do tempo, nos deixamos iludir por situações momentâneas que não nos dá prazer duradouro. Pelo mesmo motivo, ficamos com a impressão de que o mal pode prosperar enquanto os bons sofrem. Não final, há justiça perfeita. Uma relação de causa e efeito rege toda a realidade,

Receita

Um bom homem tinha inimigos que fizeram falsas acusações contra ele. Foi preso num dos presídios mais terríveis do país, onde os prisioneiros ficavam acorrentados pelo pescoço, recebendo diariamente apenas uma pequena ração de pão seco e água. Como o prisioneiro era conhecido por sua sabedoria, o governante enviou um ministro à prisão para saber do seu estado. Surpreendentemente, porém, apesar de suas condições terríveis, ele estava num ótimo estado de espírito. O ministro perguntou: “Como você mantém uma consciência tão positiva em circunstâncias tão difíceis?”. O prisioneiro respondeu: “Tenho um remédio com cinco ingredientes que me mantém em boas condições”. O ministro pediu para saber quais eram os ingredientes secretos. O homem respondeu: “O primeiro ingrediente é a certeza na Luz do Criador. O segundo é a consciência de que minhas próprias as atitudes me trouxeram aqui e de que não sou vitima. O terceiro é o conhecimento de que o Criador está me afligindo pelo meu próprio bem, para expiar minha negatividade. O quarto é reconhecer que existem infortúnios bem maiores que o meu. O quinto é saber que a ajuda de cima pode chegar num piscar de olhos”. Ao ficar sabendo das sábias palavras, o governante ficou tão impressionado que o libertou.

O sal da terra

“Vós sois o sal da terra”, diz Jesus aos discípulos. Ele estava se referindo também a todos os cristão, numa das frases mais conhecidas das Sagradas Escrituras, que é citada em pelo menos em três evangelhos. “Se o sal perde o sabor, para que servirá?”, pergunta um dos discípulos. O sal não é alimento. Não podemos sobreviver muito tempo comendo apenas sal. Sozinho, o sal significa muito pouco. Entretanto, na medida em que o sal se relaciona com os outros alimentos, sua presença afeta tudo. Não podemos vê-lo, mas sabemos que está ali porque sua força se faz sentir. Uma pitada a mais pode estragar um prato. A falta de sal faz com que uma excelente comida perca o gosto e a personalidade. Nós somos o sal terra. Quando nos misturamos com as outras pessoas, quando nos fazemos presentes na medida exata em cada situação, sem excesso e sem omissão, estamos justificando nossas vidas.

Virou zona. Por Mauro Santayana

Virou zona. Por Mauro Santayana

Publicado no blog do autor

POR MAURO SANTAYANA, jornalista

A atitude de certo juiz de Curitiba de interferir na decisão de um desembargador do TRF-4 que mandou soltar o ex-presidente Lula ainda neste domingo é a gota que faltava para mostrar que a justiça está sendo descaradamente desobedecida e vilipendiada por bufões e tartufos de primeira instância no Brasil.

Caso o comportamento não seja coibido, isso equivalerá a um reles golpe de estado dado por um juiz de piso contra a República e o Estado de Direito em nosso país.

A mídia de sempre quis dar a impressão que se trata de um imbróglio judiciário quando não há imbróglio algum.

Moro não é o delegado da Polícia Federal encarregado de cumprir a determinação da justiça, não é o dono da custódia de Lula e não tem que se meter, interceptando ou prejudicando o cumprimento – especialmente no fim de semana – de uma decisão tomada pela autoridade competente, hierarquicamente superior, de um desembargador de plantão.

O que vai ocorrer daqui pra frente quando um juiz de primeira instância discordar da determinação – que se sequer estava dirigida a ele – de um desembargador?

Independente do desfecho desse episódio, a palavra e a responsabilidade estão com o órgão máximo do Judiciário, que deve assumir o seu papel de fazer cumprir a lei e a Constituição e a velha máxima de que decisão judicial não é para ser desobedecida e sim para ser cumprida incontinenti, evitando que se abram precedentes que irão transformar a justiça brasileira em uma balbúrdia em que terá maior poder quem espernear ou gritar mais alto, no lugar de obedecer aos prazos e ritos previstos no trâmite judiciário normal.

Caso o STF se exima de manifestar-se sobre esse gravíssimo ato, absolutamente político, será o mesmo que confessar que quem manda no Brasil é a famigerada república que se instalou solertemente em Curitiba.

Nesse caso é melhor abandonar o prédio da Suprema Corte ao porteiro que estiver de plantão com as chaves de arquivos e gabinetes para que sejam entregues em prazo hábil ao insolente – e totalmente desequilibrado – juiz de piso que está agindo como se estivesse no comando da Nação.

Hibiscus