quinta-feira, 2 de dezembro de 2021
Oração
Hoje, vejo tudo diferente
Antes, eu queria uma vida de sucesso; hoje, só quero uma vida normal.
Antes, eu queria chegar logo em casa; hoje, eu quero conseguir levantar sem
dor para começar o dia.
Antes, eu queria aproveitar o sol ao máximo; hoje, só a oportunidade de vê-lo
nascer me basta.
Antes, eu esperava a felicidade chegar; hoje, aprendi a encontrá-la nos
momentos simples.
Antes, eu queria ter tudo aquilo que achava merecer; hoje, eu aprendi a
viver com escolhas e limitações.
Antes, eu me preocupava com coisas banais; hoje, minha maior preocupação
é se meu corpo responderá bem à próxima etapa do tratamento.
Antes, eu queria tudo; hoje, eu quero só que meus órgãos se mantenham
onde Deus os colocou.
Antes, eu não lembrava muito de Deus e só o procurava em momentos
difíceis para pedir alguma coisa. Hoje, Ele vive em meu coração, palavras e
pensamentos. E ao invés de pedir, aprendi a todo momento AGRADECER.
O câncer - ou qualquer doença que exige lutar pela sobrevivência - nos eleva
nos degraus da vida e faz tudo mudar. E tudo muda quando você muda a
maneira de enxergar e encarar.
E eu decidi não ser apenas um sobrevivente.
terça-feira, 23 de novembro de 2021
O que significa sonhar com um parente falecido?
Os sonhos muitas vezes são lembranças das atividades da alma quando esta se desprende do corpo durante o sono. Sonhar com pessoas falecidas pode sinalizar um encontro espiritual de ambos.
Nesse
caso, é importante prestar atenção em como a alma se apresenta. Se a alma
aparece triste, com semblante fechado, com raiva, ou com outras características
hostis ou negativas, isso pode significar que ela não realizou de forma
favorável a transição, ainda tem apegos materiais e pode estar encarcerada a
esses sentimentos grosseiros.
Ao
contrário, se a alma se apresenta bem, feliz, pacífica, com boas vibrações,
sorridente, envolvida em luz ou vestida com uma roupagem branca, esse pode ser
um retrato do seu estado espiritual e de sua capacidade de libertação do plano
terreno. Quanto maior for a nossa libertação da matéria e das pessoas melhor
estaremos no plano espiritual.
O
contrário também é verdadeiro quanto mais presos e apegados estivermos a
coisas, nomes, formas e pessoas, mais difícil e sofrida será nossa passagem. É
como um viajante que gostou muito de uma cidade e não deseja mais sair de lá...
Quanto
maior for seu apego a esse local, mais sofrida será sua partida e mais dolorosa
a sua estadia longe. Por isso, pessoas muito ligadas ao mundo tendem a ser
infelizes no plano espiritual e podem permanecer em zonas inferiores.
É muito
comum sonharmos uma ou duas vezes com pessoas que passaram recentemente pela
transição. Isso é natural e aceitável, pois muitos espíritos desejam
despedir-se das pessoas que amam e usam a via dos sonhos para esse encontro.
Uma última visita em sonho ocorre com várias pessoas e é algo normal, humano e
saudável. Muitas vezes o encarnado não tem consciência de que se encontrou com
o desencarnado.
No
entanto, sonhar repetidas vezes com nossos entes queridos é um indicativo claro
de apego dos dois lado, e pode assinalar um processo obsessivo já estabelecido.
Os sonhos não devem ser utilizados como forma de alimentar nossos apegos aos
entes queridos falecidos.
Uma mãe aflita
“Uma noite de psicografia na Casa de Prece em Uberaba, quando Chico Xavier começou a ler as mensagens que chegaram por seu intermédio, uma me tocou profundamente.
Tratava-se de um jovem ciclista de Santa Catarina,
estudante de medicina, que numa manhã de sol, como de costume, saiu para
pedalar e foi bruscamente atropelado por um caminhão, sua mãe imaginava que
pelos destroços de seu corpo físico, ele sofria muito no Mundo Espiritual. Em
sua carta psicografada, ele afirmava e acalmava sua mãe dizendo para lembrar-se
dele em vida, dias de momentos maravilhosos que viveram.
Que no instante em que observou a aproximação do caminhão,
ele nada viu e nem sentiu a dor acidente. Dizia:
- Mãe acredite em mim, cheguei aqui sem nenhum arranhão
sequer. Foi tudo muito rápido.
Fui carinhosamente envolvido pela vovó que me levou para um
abrigo confortador. Não sofra minha mãe querida, pois não sofri nada como a
senhora imagina. Os benfeitores afirmam que a única morte que lesa o
perispírito e faz o espírito sentir a dor daquilo que exterminou a vida do
corpo físico, é a morte pelo suicídio.
Não é castigo, trata-se apenas do início do processo
reeducativo que o espírito suicida precisará experimentar, para valorizar as
suas existências corpóreas futuras, como instrumento de sua evolução. Seja qual
for o tipo de morte que uma pessoa tiver, a única coisa que o seu espírito
precisará, é do conforto das preces e da aceitação daqueles que aqui ficaram.
A morte só existe para o corpo físico porque o espírito é
imortal. Deus não tem nenhum dos seus filhos mortos. Confiemos mais na nossa
imortalidade, pois com ela tudo mudará em nós.”
Paz e Luz
QUANDO A CASA DOS AVÓS SE FECHA
Acho que um dos momentos mais tristes da nossa vida é quando a porta da casa dos avós se fecha para sempre, ou seja, quando essa porta se fecha, encerramos os encontros com os membros da família, que em ocasiões especiais quando se reúnem, exaltam os sobrenomes, como se fosse uma família real, e, sempre carregados pelo amor dos avós, como uma bandeira, eles (os avós) são culpados e cúmplices de tudo.
Quando fechamos a casa dos avós, também terminamos as
tardes felizes com tios, primos, netos, sobrinhos, pais, irmãos e até
recém-casados que se apaixonam pelo ambiente que ali se respira.
Não precisa nem sair de casa, estar na casa dos avós é o
que família precisa para ser feliz.
As reuniões de Natal, regadas com o cheiro a tinta fresca,
que cada ano que chegam, pensamos “...e se essa for a última vez”? É difícil
aceitar que isso tenha um prazo, que um dia tudo ficará coberto de poeira e o
riso será um lembrança longínqua de tempos talvez melhores.
O ano passa enquanto você espera por esses momentos, e sem
perceber, passamos de crianças abrindo presentes, a sentarmos ao lado dos
adultos na mesma mesa, brincando do almoço, e do aperitivo para o jantar,
porque aqui todos são bem-vindos. Sempre haverá uma garrafa térmica com café,
ou alguém disposto a fazê-lo.
Você cumprimenta as pessoas que passam pela porta, mesmo
que sejam estranhas, porque as pessoas na rua dos seus avós são o seu povo,
eles são a sua cidade.
Fechar a casa dos avós é dizer adeus às canções com a avó e
aos conselhos do conselho do avô, ao dinheiro que te dão secretamente dos teus
pais com se fosse uma ilegalidade, chorar de rir por qualquer bobagem, ou
chorar a dor daqueles que partiram cedo demais. É dizer adeus à emoção de chega
à cozinha e descobrir as panelas e saborear a “comida da nona, oma, vó,...”.
Tudo muda! Fica uma vazio imenso.
No ventre de uma mãe havia dois bebês
“No ventre de uma mãe havia dois bebês
Um perguntou ao outro:
- Você acredita em vida após o parto?
O outro respondeu:
- É claro. Tem que haver algo após o parto. Talvez nós
estejamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde.
- Bobagem, disse o primeiro.
- Que tipo de vida seria esta?
O segundo disse:
- Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez nós possamos
andar com as nossas próprias pernas e comer com nossas bocas. Talvez tenhamos
outros sentidos que não podemos entender agora.
O primeiro retrucou:
- Isto é um absurdo. O cordão umbilical nos fornece nutrição
e tudo mais de que precisamos. O cordão umbilical é muito curto. A vida após o
parto está fora de cogitação.
O segundo insistiu:
- Bem, eu acho que há alguma coisa e talvez seja diferente
do que é aqui. Talvez a gente não vá precisar deste tubo físico.
O primeiro contestou:
- Bobagem, e além disso, se há realmente vida após o parto,
por que ninguém jamais voltou de lá?
Bem, eu não sei, disse o segundo, mas certamente vamos
encontrar a Mamãe e ela vai cuidar de nós.
O primeiro respondeu:
- Mamãe? Você realmente acredita em Mamãe? Isto é ridículo.
Se a Mamãe existe, então, onde ela está agora?
O segundo disse:
- Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos
dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir.
Disse o primeiro:
- Bem, eu não posso vê-la, então, é lógico que ela não existe.
Ao que o segundo respondeu:
- Às vezes, quando você está em silêncio, se você se
concentrar e realmente ouvir, você poderá perceber a presença dela e ouvir sua
voz amorosa.”
Este foi o modo pelo qual um escritor húngaro explicou a
existência de Deus