“Uma noite de psicografia na Casa de Prece em Uberaba, quando Chico Xavier começou a ler as mensagens que chegaram por seu intermédio, uma me tocou profundamente.
Tratava-se de um jovem ciclista de Santa Catarina,
estudante de medicina, que numa manhã de sol, como de costume, saiu para
pedalar e foi bruscamente atropelado por um caminhão, sua mãe imaginava que
pelos destroços de seu corpo físico, ele sofria muito no Mundo Espiritual. Em
sua carta psicografada, ele afirmava e acalmava sua mãe dizendo para lembrar-se
dele em vida, dias de momentos maravilhosos que viveram.
Que no instante em que observou a aproximação do caminhão,
ele nada viu e nem sentiu a dor acidente. Dizia:
- Mãe acredite em mim, cheguei aqui sem nenhum arranhão
sequer. Foi tudo muito rápido.
Fui carinhosamente envolvido pela vovó que me levou para um
abrigo confortador. Não sofra minha mãe querida, pois não sofri nada como a
senhora imagina. Os benfeitores afirmam que a única morte que lesa o
perispírito e faz o espírito sentir a dor daquilo que exterminou a vida do
corpo físico, é a morte pelo suicídio.
Não é castigo, trata-se apenas do início do processo
reeducativo que o espírito suicida precisará experimentar, para valorizar as
suas existências corpóreas futuras, como instrumento de sua evolução. Seja qual
for o tipo de morte que uma pessoa tiver, a única coisa que o seu espírito
precisará, é do conforto das preces e da aceitação daqueles que aqui ficaram.
A morte só existe para o corpo físico porque o espírito é
imortal. Deus não tem nenhum dos seus filhos mortos. Confiemos mais na nossa
imortalidade, pois com ela tudo mudará em nós.”
Paz e Luz
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