terça-feira, 23 de novembro de 2021

O que significa sonhar com um parente falecido?

 Os sonhos muitas vezes são lembranças das atividades da alma quando esta se desprende do corpo durante o sono. Sonhar com pessoas falecidas pode sinalizar um encontro espiritual de ambos.

Nesse caso, é importante prestar atenção em como a alma se apresenta. Se a alma aparece triste, com semblante fechado, com raiva, ou com outras características hostis ou negativas, isso pode significar que ela não realizou de forma favorável a transição, ainda tem apegos materiais e pode estar encarcerada a esses sentimentos grosseiros.

Ao contrário, se a alma se apresenta bem, feliz, pacífica, com boas vibrações, sorridente, envolvida em luz ou vestida com uma roupagem branca, esse pode ser um retrato do seu estado espiritual e de sua capacidade de libertação do plano terreno. Quanto maior for a nossa libertação da matéria e das pessoas melhor estaremos no plano espiritual.

O contrário também é verdadeiro quanto mais presos e apegados estivermos a coisas, nomes, formas e pessoas, mais difícil e sofrida será nossa passagem. É como um viajante que gostou muito de uma cidade e não deseja mais sair de lá...

Quanto maior for seu apego a esse local, mais sofrida será sua partida e mais dolorosa a sua estadia longe. Por isso, pessoas muito ligadas ao mundo tendem a ser infelizes no plano espiritual e podem permanecer em zonas inferiores.

É muito comum sonharmos uma ou duas vezes com pessoas que passaram recentemente pela transição. Isso é natural e aceitável, pois muitos espíritos desejam despedir-se das pessoas que amam e usam a via dos sonhos para esse encontro. Uma última visita em sonho ocorre com várias pessoas e é algo normal, humano e saudável. Muitas vezes o encarnado não tem consciência de que se encontrou com o desencarnado.

No entanto, sonhar repetidas vezes com nossos entes queridos é um indicativo claro de apego dos dois lado, e pode assinalar um processo obsessivo já estabelecido. Os sonhos não devem ser utilizados como forma de alimentar nossos apegos aos entes queridos falecidos.

 

 

Uma mãe aflita

 

“Uma noite de psicografia na Casa de Prece em Uberaba, quando Chico Xavier começou a ler as mensagens que chegaram por seu intermédio, uma me tocou profundamente.

Tratava-se de um jovem ciclista de Santa Catarina, estudante de medicina, que numa manhã de sol, como de costume, saiu para pedalar e foi bruscamente atropelado por um caminhão, sua mãe imaginava que pelos destroços de seu corpo físico, ele sofria muito no Mundo Espiritual. Em sua carta psicografada, ele afirmava e acalmava sua mãe dizendo para lembrar-se dele em vida, dias de momentos maravilhosos que viveram.

Que no instante em que observou a aproximação do caminhão, ele nada viu e nem sentiu a dor acidente. Dizia:

- Mãe acredite em mim, cheguei aqui sem nenhum arranhão sequer. Foi tudo muito rápido.

Fui carinhosamente envolvido pela vovó que me levou para um abrigo confortador. Não sofra minha mãe querida, pois não sofri nada como a senhora imagina. Os benfeitores afirmam que a única morte que lesa o perispírito e faz o espírito sentir a dor daquilo que exterminou a vida do corpo físico, é a morte pelo suicídio.

Não é castigo, trata-se apenas do início do processo reeducativo que o espírito suicida precisará experimentar, para valorizar as suas existências corpóreas futuras, como instrumento de sua evolução. Seja qual for o tipo de morte que uma pessoa tiver, a única coisa que o seu espírito precisará, é do conforto das preces e da aceitação daqueles que aqui ficaram.

A morte só existe para o corpo físico porque o espírito é imortal. Deus não tem nenhum dos seus filhos mortos. Confiemos mais na nossa imortalidade, pois com ela tudo mudará em nós.”

Paz e Luz  

QUANDO A CASA DOS AVÓS SE FECHA

Acho que um dos momentos mais tristes da nossa vida é quando a porta da casa dos avós se fecha para sempre, ou seja, quando essa porta se fecha, encerramos os encontros com os membros da família, que em ocasiões especiais quando se reúnem, exaltam os sobrenomes, como se fosse uma família real, e, sempre carregados pelo amor dos avós, como uma bandeira, eles (os avós) são culpados e cúmplices de tudo.

Quando fechamos a casa dos avós, também terminamos as tardes felizes com tios, primos, netos, sobrinhos, pais, irmãos e até recém-casados que se apaixonam pelo ambiente que ali se respira.

Não precisa nem sair de casa, estar na casa dos avós é o que família precisa para ser feliz.

As reuniões de Natal, regadas com o cheiro a tinta fresca, que cada ano que chegam, pensamos “...e se essa for a última vez”? É difícil aceitar que isso tenha um prazo, que um dia tudo ficará coberto de poeira e o riso será um lembrança longínqua de tempos talvez melhores.

O ano passa enquanto você espera por esses momentos, e sem perceber, passamos de crianças abrindo presentes, a sentarmos ao lado dos adultos na mesma mesa, brincando do almoço, e do aperitivo para o jantar, porque aqui todos são bem-vindos. Sempre haverá uma garrafa térmica com café, ou alguém disposto a fazê-lo.

Você cumprimenta as pessoas que passam pela porta, mesmo que sejam estranhas, porque as pessoas na rua dos seus avós são o seu povo, eles são a sua cidade.

Fechar a casa dos avós é dizer adeus às canções com a avó e aos conselhos do conselho do avô, ao dinheiro que te dão secretamente dos teus pais com se fosse uma ilegalidade, chorar de rir por qualquer bobagem, ou chorar a dor daqueles que partiram cedo demais. É dizer adeus à emoção de chega à cozinha e descobrir as panelas e saborear a “comida da nona, oma, vó,...”.

Tudo muda! Fica uma vazio imenso.

No ventre de uma mãe havia dois bebês

 

“No ventre de uma mãe havia dois bebês

Um perguntou ao outro:

- Você acredita em vida após o parto?

O outro respondeu:

- É claro. Tem que haver algo após o parto. Talvez nós estejamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde.

- Bobagem, disse o primeiro.

- Que tipo de vida seria esta?

O segundo disse:

- Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez nós possamos andar com as nossas próprias pernas e comer com nossas bocas. Talvez tenhamos outros sentidos que não podemos entender agora.

O primeiro retrucou:

- Isto é um absurdo. O cordão umbilical nos fornece nutrição e tudo mais de que precisamos. O cordão umbilical é muito curto. A vida após o parto está fora de cogitação.

O segundo insistiu:

- Bem, eu acho que há alguma coisa e talvez seja diferente do que é aqui. Talvez a gente não vá precisar deste tubo físico.

O primeiro contestou:

- Bobagem, e além disso, se há realmente vida após o parto, por que ninguém jamais voltou de lá?

Bem, eu não sei, disse o segundo, mas certamente vamos encontrar a Mamãe e ela vai cuidar de nós.

O primeiro respondeu:

- Mamãe? Você realmente acredita em Mamãe? Isto é ridículo. Se a Mamãe existe, então, onde ela está agora?

O segundo disse:

- Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir.

Disse o primeiro:

- Bem, eu não posso vê-la, então, é lógico que ela não existe.

Ao que o segundo respondeu:

- Às vezes, quando você está em silêncio, se você se concentrar e realmente ouvir, você poderá perceber a presença dela e ouvir sua voz amorosa.”

 

Este foi o modo pelo qual um escritor húngaro explicou a existência de Deus